6 meses

Relato: amamentação

07:39

Desde que me descobri grávida, uma certeza impregnou na minha cabeça: eu iria amamentar meu filho, custasse o que custasse, e assim foi.
No início, la na maternidade, tive a primeira dificuldade: eu simplesmente não sabia amamentar! Meu filho demorou 4 horas para mamar a primeira vez pois eu o colocava no peito e ele não sugava, foi aí que uma enfermeira (primeira salvadora) me ensinou a estimulá-lo com uma luva, ele começou a sugar e eu consegui colocá-lo no peito. Tudo estava indo otimamente bem até que no dia seguinte ao nascimento dele eu comecei a sentir uma dor horrível no peito esquerdo sempre que ele mamava, doía muito mesmo, tanto que eu fiquei em dúvida se conseguiria amamentá-lo nesse peito. Outra enfermeira (segunda salvadora) veio ver se tudo corria bem e eu disse a ela que doía demais, então ela me ajudou com a pega correta (isso é de máxima importância na amamentação!) e meus problemas finalmente acabaram... Esses, pelo menos.
Chegando em casa, mais uma dificuldade: insegurança. Acho que esse atinge todas as mães. "Será que meu filho está saciado? Será que ele está com fome? Será que meu leite sustenta? E se não sustentar, vou ter que dar fórmula?", e isso piorava devido ao fato de ele mamar de uma em uma hora, eu achava que meu leite não o sustentava e por isso ele mamava em intervalos pequenos, passava 40 minutos mamando e 20 sem mamar, mas tudo ficou perfeito quando, na primeira consulta a pediatra ela olhou para mim e disse "seu leite é muito forte, ele ganhou meio quilo em 10 dias!", a partir daí decidi parar de pensar em coisas ruins, de achar que o meu leite era fraco ou que ele não estava satisfeito e passei a pensar que meu corpo é perfeitamente capaz de dar tudo o que o meu filho necessita, e isso é libertador! A partir do momento em que você entende isso, para de se estressar com a insegurança e isso é mais um ponto positivo pra amamentação: menos estresse = mais leite.
Outra dificuldade foram as noites mal dormidas. O Thomas já é perfeitamente capaz de dormir uma noite inteira, mas isso não significa que ele sempre faz isso. Em uma semana ele acorda mais ou menos 3 dias durante a madrugada (isso ja é bom, pois antes ele acordava os 7 dias), quando acorda mama e dorme de novo. O ruim é que ele só consegue dormir mamando e eu preciso ficar acordada aproximadamente meia hora para ele não acabar se afogando, e isso é extremamente cansativo, tem dias que ele acorda a noite inteira, outros só acorda uma vez e na maioria das noites nem acorda, é uma roleta russa. Confesso que muitas vezes pensei em desistir, mas aí penso como se fosse o meu filho: eu acabei de nascer, tudo é novo para mim, eu acordo no meio da noite, tudo escuro, não sei o que está acontecendo, eu quero o meu porto seguro, minha mamãe e meu mama para me mostrar que está tudo bem e que ela está ali sempre quando eu preciso. Como desistir sabendo que isso é o que o seu bebê mais ama nesse mundo? Que ele quer o seu leite, seu colo, o seu aconchego, o seu cheiro? Como desistir sabendo que os olhares, os carinhos, os sorrisos mamando acabariam? Sabendo que esse é o mais completo alimento que o seu filho vai ter até os dois anos?
Uma coisa que me ajudou muito foi a cama compartilhada, mesmo com um mundo de gente contra. Não, eu nunca rolei pra cima do meu bebê e me sinto até mais segura com ele dormindo comigo, pois consigo ver se a coberta cai no rosto, se ele se vira, etc., e a melhor coisa: não preciso ficar levantando para amamentar e ele dorme mil vezes melhor conosco. Quando tentamos colocar no berço, acorda em menos de uma hora, com a gente ele consegue dormir a noite inteira ou acorda muito pouco (menos quando está doentinho, que aí acorda a noite toda).
O meu bebê vai fazer 6 meses e começar a comer e, apesar de isso ser necessário, eu fico triste por saber que as mamadas vão diminuir. O pediatra dele disse para iniciar a introdução alimentar com 5 meses mas eu não segui isso. A OMS recomenda fortemente o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses completos e assim fiz, e não me arrependo. Agora, aos 6 meses, me sinto segura para começar a introdução. Estamos sem pediatra pois não tem disponível até dezembro no postinho, no início fiquei desesperada mas agora estou mais segura, mais confiante em mim e nos meus instintos. Sei que farei o melhor para o meu filho e, caso precise saber algo, farei como sempre fiz: internet.
Me orgulho de chegar até aqui, desses maravilhosos seis meses de amamentação exclusiva. Agora vamos a próxima meta: amamentação até os 2 anos ou mais, espero ter tanto sucesso como tive até aqui.

abertura

Apresentação e abertura

05:16

Oi! Sou Júlia Fritsch, tenho 19 anos e sou mãe do Thomas. Engravidei e ganhei aos 18 anos e hoje o meu bebê já tem quase 6 meses.

Criei esse blog para compartilhar minhas experiências como mãe, as coisas que acredito e desacredito, que eu considero importante, que pratico com o meu filho, para dar dicas, enfim, para falar sobre a minha vida de mãe.
Eu já fazia isso em um Tumblr, mas como misturava muito com outras postagens, resolvi criar um blog exclusivo para esse assunto, aos poucos vou passando as postagens de lá para cá. Vai ser difícil atualizar aqui com frequência, até porque ter um filho pequeno requer muito tempo e dedicação, e isso eu tenho de sobra para ele, mas conforme eu for tendo um tempinho eu atualizo (irei postar no Instagram quando isso acontecer). Vou iniciar com um assunto que, para mim, sempre foi um dos mais importantes, irei tratar dele no próximo Post (esse foi apenas o de abertura e apresentação).

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